Nota de pesar: Stella de Souza Camillo (02/07/1937-30/11/2006)
" Amanhã, se acordar, Deus estará comigo. E, se eu não acordar, estarei com Ele..."
Dia 30/11 faleceu de infarte a dançarina Stella, conhecidíssima pelos frequentadores da antiga Estudantina. Sempre sorridente, era assídua frequentadora do local, tendo ali mesa cativa e sendo a responsável pelos bolos dos aniversariantes. Dizem que morreu de tristeza, com o fim da era da gafieira na Estudantina, que mudou totalmente sua programação musical.
Segue depoimento de Anita Cavalcante sobre a amiga:
"Quero deixar registrado a passagem da minha grande amiga Stella, figura muito conhecida da dança de salão, frequentadora da antiga Estudantina, por mais de 20 anos. Era ela quem fazia os bolos de aniversário da casa e de todos seus antigos amigos.
Inesquecíveis momentos ela viveu naquela casa, que, rudemente, não soube trabalhar uma transição para uma dita "fase de modernidade", destruindo emocionalmente pessoas que há bem pouco tempo estavam bem, saudáveis e felizes. Esta conta de míseros trocados a mais será com toda certeza debitada no banco da justiça divina! Meus sentimentos e minha saudade eterna para amiga Stella. O pior fato que um ser humano pode sofrer é a indiferença das pessoas, sobretudo as mais velhas, que precisam e merecem todo o nosso respeito e consideração. Não podemos esquecer, o tempo não passa só para alguns, todos nós estamos caminhando... Se para os jovens a dança é uma diversão, para os nossos antecessores ela é, sem dúvida, o melhor remédio, aquele tônico da "vontade de viver".
Não posso afirmar que ela morreu de depressão mas deprimida ela ficou e sou testemunha com a soberba e impiedosa fala das atuais prometers daquela casa, quando, no microfone, anunciaram o fim da Estudantina, que a casa passaria para a modernidade, que era frequentada por aposentados que não gastavam nada, não tinha mais lugar reservado, e não existiriam bailes de salão aos sábados. Tenho certeza que as duas pessoas que mais sofreram com esta renovação foram a mestra Antonieta e a minha amiga Estela.
Como educadora sei perfeitamente do poder que os estados emocionais afetam as pessoas e que para os mais idosos é quase uma pena de morte!(não existe mais lugar nem razão para habitar este mundo.)
O presente nada mais é que uma semeadura do futuro. Os Jovens precisam saber que respeitar valores, tradições e o passado são fundamentais para se fazer história. Que história a dança de salão está construindo no presente?
É preciso divulgar que o mundo não estaria como está hoje sem a sabedoria dos idosos e que nós seremos os de amanhã...."
Dia 30/11 faleceu de infarte a dançarina Stella, conhecidíssima pelos frequentadores da antiga Estudantina. Sempre sorridente, era assídua frequentadora do local, tendo ali mesa cativa e sendo a responsável pelos bolos dos aniversariantes. Dizem que morreu de tristeza, com o fim da era da gafieira na Estudantina, que mudou totalmente sua programação musical.
Segue depoimento de Anita Cavalcante sobre a amiga:
"Quero deixar registrado a passagem da minha grande amiga Stella, figura muito conhecida da dança de salão, frequentadora da antiga Estudantina, por mais de 20 anos. Era ela quem fazia os bolos de aniversário da casa e de todos seus antigos amigos.
Inesquecíveis momentos ela viveu naquela casa, que, rudemente, não soube trabalhar uma transição para uma dita "fase de modernidade", destruindo emocionalmente pessoas que há bem pouco tempo estavam bem, saudáveis e felizes. Esta conta de míseros trocados a mais será com toda certeza debitada no banco da justiça divina! Meus sentimentos e minha saudade eterna para amiga Stella. O pior fato que um ser humano pode sofrer é a indiferença das pessoas, sobretudo as mais velhas, que precisam e merecem todo o nosso respeito e consideração. Não podemos esquecer, o tempo não passa só para alguns, todos nós estamos caminhando... Se para os jovens a dança é uma diversão, para os nossos antecessores ela é, sem dúvida, o melhor remédio, aquele tônico da "vontade de viver".
Não posso afirmar que ela morreu de depressão mas deprimida ela ficou e sou testemunha com a soberba e impiedosa fala das atuais prometers daquela casa, quando, no microfone, anunciaram o fim da Estudantina, que a casa passaria para a modernidade, que era frequentada por aposentados que não gastavam nada, não tinha mais lugar reservado, e não existiriam bailes de salão aos sábados. Tenho certeza que as duas pessoas que mais sofreram com esta renovação foram a mestra Antonieta e a minha amiga Estela.
Como educadora sei perfeitamente do poder que os estados emocionais afetam as pessoas e que para os mais idosos é quase uma pena de morte!(não existe mais lugar nem razão para habitar este mundo.)
O presente nada mais é que uma semeadura do futuro. Os Jovens precisam saber que respeitar valores, tradições e o passado são fundamentais para se fazer história. Que história a dança de salão está construindo no presente?
É preciso divulgar que o mundo não estaria como está hoje sem a sabedoria dos idosos e que nós seremos os de amanhã...."
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